Promete pra mim
que a gente vai morrer bem velhinho,
debaixo de um cobertor quentinho,
num dia qualquer de primavera.
Promete pra mim
que não vai embora de repente,
e que não vai deixar nenhum acidente,
separar a gente de uma maneira trágica assim.
Já pensei, pensei, tentei descobrir,
qual a lógica das coisas que chegam ao fim.
Mas não tem jeito não.
É preciso ser forte,
neste mundo onde nada se perde,
tudo se cria,
quando algo se conserva.
[a saudade]