terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vidamar - O castelinho de areia

Melina, menina
que brinca e encanta
chorou um oceano
uma lição para a vida.

Castelinho que se constrói em praia
dura só meia maré.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Oração da sobriedade sentimental

Você e seu tipo
são como alcoolismo pra mim.

Agradeço todos os dias,
por mais um dia,
longe dos prazeres fugazes
que me matam e me destroem
a cada pequena dose que tomo
de um pouco de você.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quase todas minhas palavras aqui serão tristes

Disseram que escrevo triste
que não deveria ser assim,
mas as palavras são o caminho
das coisas que quero dar fim.

Felicidade não se escreve,
se vive.
Quero agora um amor sutil. Que padeça de emoções doces e um sorriso girassol. Algo puro, inocente, que pelo menos disfarce um pouco da minha imundice sentimental. Seriam abraços apertados, perfumes delicados, olhares de lado e uma música ao fundo pedindo paixão. Mãos geladas, coração apertado, vontade de não saber o que se sente, mas se sabe. Não se engana o não querer. Respiração acelera, o assunto se reduz a meias palavras ditas por lábios que se movem com sincronia hipnótica, sedutora (olhos estáticos, então). Ai tudo pára...e alguns segundos permanecem por mais tempo do que realmente são.
Depois disso, nada de entre-lençóis, nem mesmo filme, apenas um desenho que estiver passar na tv e brigadeiro de panela.
[ E assim meu mundo ficaria completo ]

by Caixinha de desejos Universais dos sonhadores inconstantes

terça-feira, 29 de novembro de 2011

What they say
it's not true
they're judging you
without even know
how far you can go
when you really want to.

[you just need to want to]

sábado, 26 de novembro de 2011

Love poem

I'm getting high
I'm getting dry
I feel sick
and I want to cry.

I'm a little tired
I must confess
I got no voice
I'm speechless
but I''ll keep searching for you
till the day I die.

[we should never give up on love]

domingo, 20 de novembro de 2011

Tem dia que acordo assim
meio sem pé nem cabeça
e quando levanto
percebo que não preciso
de pés nem cabeça pra andar.

De que você vive?



sábado, 19 de novembro de 2011

uma surpresa entre
cada vodka de porre
e sukita,
que revele um pouco
da realidade que
se esconde por detrás
do olhar tímido e infante
daquele que te deseja.

ele te deseja.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ao passado

Tenho vivido tanto,
com tanta pressa,
que coisas de ontem
já fazem anos.
Os mesmos lugares
já não são os mesmos,
e nem eu mesmo sei
onde gostaria de estar.

Palavras não ditas,
amores pungentes,
orações perdidas,
paixões foguetes,
muita vodka barata
e um sorriso nos dentes,

são hoje fotos em sépia
que coloco no mural.

Queria que a vida tivesse "replay".

[Às vezes é bom viver um pouco de passado.]

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O palhaço

Malabarista de palavras:
ele te engana.

Gargalhada é sua arma,
te assalta um sorriso
e quando menos percebe
sua raiva do mundo já passou.

[eu tenho medo dos palhaços]

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Todo vazio deve ser sentido

Para aqueles que não sabem,
nem sempre tentar preencher,
faz o vazio passar.

Todo vazio deve ser sentido.

[ ]

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Peco agora por não me satisfazer ao máximo. Por estar onde queria estar, fazer o que gostaria de fazer, e mesmo assim não me sentir completo. A maior culpa está no fato de nem ao menos saber o que falta, onde falta ou em quem falta. A propósito, a busca no outro por aquilo que supostamente a mim pertenceria é insano, mas reservo minha cota anual de objetivos não lúcidos permitidos no catálogo. Por isso que bebo, por isso machuco, e rezo todos os dias para não me perder de vez.

sábado, 29 de outubro de 2011

Em breve viverei histórias,
quentes, chuvosas, de verão,
que piscam luzinhas de natal
e reluzem o pensamento
de mais um ano escorrido
e segurado por mãos calejadas
de tanto tentar acertar.

[eu preciso de férias]

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lígia

Lígia de França,
de Libra, carente menina.

Não fala, grita
não pede, manda
de doçura tamanha
que ninguém se irrita.

Me bate, apanho,
te mordo, te irrito,
rimamos feito bala e pirulito,
como ondas em fase num mesmo [arranjo].

Distraída, querida,
magrela, avoada,
tem prova amanhã
e ainda não estudou nada.

Me conte, lígia, qual segredo,
de viver assim sem medo,
das coisas que estão por vir?!
Me passe a fórmula
dessa tranquilidade que transborda
e que sempre quis pra mim!

Mulher como você é muito difícil de encontrar!
Lígia deveria ser verbo,
pra todo mundo poder Ligiar.

29/09/2011
Feliz Aniversário Liiih






terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vida de engenho

Engrenagens que rangem
concatenam, gira motor!
Combustível animal, humano,
carne dura de sol.

Assim funciona o dia,
com subvidas de almas perdidas,
que giram e giram
e existem para adoçar e embriagar
a vida daqueles que não trabalham.

[O Brasil não mudou muito desde então...]

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Chuva

Água dos céus
que serve de pretexto
para pensar na vida,
que assim como a chuva,
cai, escorre
faz alegria
e pesar.

[a vida é água]

domingo, 28 de agosto de 2011

Samba virtual

Me cutuca
que eu te cutuco

me cutucaeu
te cutuco

me cutucaeute
cutuco

me cutu
queu te cutuco.

e assim se fez o carnaval.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A vida é o rio que corta o Amazonas

Vazão inconstante de águas
e pedras, e plantas, e peixes,
que se misturam no leito
e vão desaguar,
no mesmo lugar.

[na beira do mar]

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A indecisão

a arte de escrever e apagar
pensar e repensar
Sentir sem se notar
querer e não poder
poder e não tocar
escrever e depois não ler
se conter e extravasar
fingir e não se crer
gostar e mal tratar.


You watched me falling asleep
and held me in your arms
intending to warm me
on a really cold night.




segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Woman's dream

There was a woman
who never said never
and she wanted to live and feel
every falling rain
and every thunderbolt in the sky.

This same woman
said the world was too small to her.

There was a woman
who never said never
till the day she died
and realized she was nothing but
one more dream falling apart.

The first one

Many things in life just happen
whithout a meaning,
and many things in life just end
without any reason.

and that would be the first poem
that I wrote in english,
just because I felt that I needed
to start something today.

[starting is always good]

domingo, 21 de agosto de 2011

A dança dos pronomes apaixonados

e me conduza,
e me ascenda,
sem pudor nem pensamento.

e se atreva
e me desgaste
com calor e sofrimento.

então se atire,
me consuma e se complete
assim como pronomes se entrelaçam
em entrelinhas tortas
decifradas pelo intérprete.



sábado, 20 de agosto de 2011

Inocência intransigente

Quando eu queria não querendo
e tinha medo do que já sabia,
me dava por satisfeito
por qualquer regalia

e quando me negavam
as pequenas coisas que pedia,
me desfazia de tudo
e ia.

domingo, 14 de agosto de 2011

Da mesma forma que eu rio,
eu choro, e grito, e canto,
e peço a deus todos os dias
que eu continue vivo assim.

Entriscresci

Não tenho mais 10 anos,
não brinco de pique, só de esconde.
Onde chego faço barulho de motor
e tenho perfume de gasolina.

Nem sempre que o sapato aperta,
eu posso tirar.
Nem sempre que a saudade bate,
eu posso sentir.
Nem sempre que a vontade vem,
eu posso chorar.

Como podemos crescer assim?

terça-feira, 19 de julho de 2011

Confesso...

Preferia viver um amor platônico
a estar alheio, assim,
das coisas que,
supostamente,
deveriam me tocar.

[inverno em mim]


domingo, 17 de julho de 2011

A verdade da mentira

Uma lápis na mão,
e uma boa ideia pra ser acreditada,
pode ser mais perigoso
que mentira bem contada.

A sorte é que inteligência é um dom de poucos...

[o azar é que Deus não têm critérios pra quem dá-la]

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cicatrizes

Não importa quantas marcas você tenha pelo corpo, desde que faça valer a pena cada cicatriz que conseguiu tentando acertar. É assim que crescemos! Machucando o joelho quando crianças aprendemos a não correr tão rápido. Apanhando no rosto aprendemos a não trair, e caindo na sarjeta a não beber tanto e tão rápido. Logo, o importante mesmo de tudo isso é saber olhar nossas cicatrizes e lembrar que determinadas atitudes têm consequências indesejáveis. Cabe a nós saber se é um preço justo a pagar.

domingo, 3 de julho de 2011

Acho que te criei no interior da minha mente!

Seu corpo-palavra cheio de sentidos comeu minhas linhas escassas e fez surgir a necessidade de uma prosa pra tentar significar um pouco do que somos, ou o que eu gostaria que fossemos. Um pouco de ficção, assim, pra tentar suprir aquilo que tenho certeza que sempre faltou dentro de cada um de nós. É difícil tentar explicar, porque quando falo não sei ao certo se o que falo é sobre mim ou você. Até onde, de fato, você existe dentro de mim?
Amar é o caos
que se procura
quando não se tem
nada mais desgastante
e doloroso a se fazer.

[por enquanto é o que sei sobre]

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Atenção!

Pra quem não sabe ler as entrelinhas,
uma frase é um conjunto de letras,
que se unem formando palavras,
para expressarem algo pronto,
e concreto.

mas as letras enganam...

[então não seja analfalírico]

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Promete pra mim

Promete pra mim
que a gente vai morrer bem velhinho,
debaixo de um cobertor quentinho,
num dia qualquer de primavera.

Promete pra mim
que não vai embora de repente,
e que não vai deixar nenhum acidente,
separar a gente de uma maneira trágica assim.

Já pensei, pensei, tentei descobrir,
qual a lógica das coisas que chegam ao fim.

Mas não tem jeito não.
É preciso ser forte,
neste mundo onde nada se perde,
tudo se cria,
quando algo se conserva.

[a saudade]

sábado, 25 de junho de 2011

Luto

E se perdem vozes,
olhares, palavras.
Se perdem gestos,
histórias contadas.
Parentes, amigos...

Amores perdidos,
objetos perdidos,
histórias que se perdem...

Se perde o que somos e o que poderíamos ser.


[mas não existe perda, existe movimento]


Amor em órbita

O sol só se apaixonou pela lua
porque sabia que era um amor impossível.
No dia que aconteceu um eclipse,
e os dois se alinharam feito um,
o amor assustou e fugiu.

[ai o sol traiu a lua com a terra]

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ilogia

Agora descansa o homem
que antes apanhava da vida,
e que de tanta raiva do destino
preferiu aprender a bater
do que se defender daqueles que um dia o estupraram.

[onde está a minha alma?]


Calcularte

No dia que número virar arte,
poesia será derivação imprópria.
Integrarei meus pensamentos
e vou ser feliz n'outra profissão.

[números não têm sentimentos]

terça-feira, 21 de junho de 2011

FlorMaria

A flor de Maria só sorria
quando vento sul batia
na suas folhas verdes
e molhadas
de clima
tropical.

[o sangue da flor é verd'amarelo]

Clara

Clara do canto,
que chora seu pranto,
esperando alguém consolar.

Clara despida,
fingida e tapada,
que não faz nada,
para tentar se ajudar.

A menina não gosta de nada daquilo que não é.

[por isso Clara tem medo de escuro]

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Acordei essa noite de madrugada

não era o frio,
nem escuro,
nem vento,
nem nada.

[era seu corpo que me faltava]

domingo, 12 de junho de 2011

Pornolírico

tava escrevendo quando lembrei de você,
poetei, poetei,
fiquei poetando,
minhas palavras ficaram excitadas,
até que o teclado rangeu.


Poema pra mim é espirro

é tudo que sai assim,
a gente fecha o olho,
finge de poeta,
e atchin.

Minha fé

Pecador costumas, de fé solúvel,
brinquei tanto de descrer
que acabei acreditando em minha própria mentira.

Tem mais inverdades pra hoje?

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O velho amigo distante

Suas roupas estão diferentes,
o corte de cabelo mudou.
É estrada, cimento que nos separa
mas não importa não.

O mapa-mundi pra mim é pequeno!

[Eu ainda te conheço]

domingo, 2 de janeiro de 2011

Feliz ano novo!

Sujei meus pés de barro e limpei um pouco meu ego. Passei meu último dia do ano tomando chuva e andando por uma estrada perdida, estreita, contando piadas, histórias. Até pesquei! Esqueci por um momento a existência de celulares, computadores...
No almoço comi o próprio alface que tirei da terra, e com certeza tinha um sabor especial. Li um livro, e não era daqueles que nos dão fórmulas, ou que teremos que fazer uma prova sobre o tema na semana seguinte. Era um livro que eu realmente queria ler, só por ler, e só. A cada linha eu me dava o conforto de viajar um pouco. Às vezes eu até pulava algumas pelo puro prazer de sabotar o enredo mesmo, mas no fim não surtiu diferença, ao menos não percebi. O mocinho continuou sofrendo até o final e só então conseguiu virar o jogo. Não foi feliz para sempre porque sei o que acontece na continuação do livro, mas mesmo assim é tão clichê né? Mas eu gostei. Talvez eu goste de clichês! A idéia de viver um grande romance adolescente nas férias de verão sempre me pareceu simpática, entretanto confesso que com 19 anos nas costas não espero mais que isso aconteça, quero dizer, espero sim, só não acredito que seja provável.
Enfim, ano novo! É tempo de refazer todos os planos novamente, naquele momento antes do sono chegar, na cama, onde tudo parece dar certo, funcionar. Apesar de não gostar muito desses planos, já fiz minha meta de vôo, e só para matar curiosidade está nela sim engordar alguns quilinhos...
Conselho? Trace poucas metas e corra com perspicácia atrás delas. Não tenha pressa de viver, cada situação têm e merece um contexto, contudo não dê ouvidos à preguiça(com frequência). Por fim, não perca a cabeça! Reserve algum tempo para colocar as idéias no lugar e lembrar com exatidão quem é você e quais são seus propósitos. Seja simples e concreto. E não se esqueça, use filtro solar!!