sábado, 28 de fevereiro de 2009

A casa quebrada

Quando sua alma chegou perto da minha vida
eu abri a porta, te convidei a entrar
você hesitou, pensou, entrou tímido e arisco.
Com o tempo se acostumou com meus móveis
cresceu em minha cama, se lavou no meu tanque.
Depois disso, de tanto usar de minha casa, meus bens
você se desfez de tudo, como um nômade circense.
Agora eu, de casa quebrada, te rogo uma praga:
salte, voe, caia.

2 comentários:

Anônimo disse...

uau, que medo do seu poema :O
meio melancolico, mas direto e profundo *-------* (adoro)

posta mais :*

André MP disse...

Uau! Gostei desse... Não sei se foi pela crueldade, mas realmente gostei. De verdade. Ele me surpreende.